Alegria é...




Desarticulado, mal conseguiria descrever o que é alegria. Talvez se pareça com uma leve coceira na alma, que dá vontade de rir. Quem sabe seja o que transforma o coração em jardim onde borboletas brincam. Alegria suscita, sim, uma ansiedade deliciosa. Quando estou feliz, surpreendo-me sussurrando: “Não preciso de mais nada”.
Alegria é granada que explode no peito com estilhaços que ferem sem magoar.
Alegria é bomba que irriga a pele com arrepios de satisfação.
Alegria é rede branca estendida no alpendre, que contempla as montanhas.
Alegria é cafezinho no balcão da padaria.
Alegria é som da taça robusta que brinda o encontro, olho no olho.
Alegria é sorriso agradecido do neto que acabou de ganhar o primeiro estilingue.
Alegria é tempero que se espalha pela casa.
Alegria é música que lembra o amor adolescente.
Alegria é estrela cadente que risca o céu, e convida a fazer um pedido.
Alegria é exame de laboratório dizendo que não é preciso alongar o tratamento.
Alegria é livro relido depois de dez anos.
Alegria é elogio do pai.
Alegria é crepúsculo que colore o céu de um Apocalipse deslumbrante.
Alegria é fúria do mar contra as rochas.
Alegria é colibri que se aproxima e foge num piscar de olhos.
Alegria é feriado chuvoso para ler poesia em voz alta.
Alegria é lágrima de amor.
Alegria é tapioca com manteiga em dia frio.
Alegria é silêncio na catedral vazia, que acolhe a meditação.
Alegria custa tão pouco, meu Deus!
Ricardo Gondim

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Coisas que a vida ensina depois dos 40



Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente... Artur da Távola

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Momentos



          MOMENTOS! Esse é o ingrediente da vida. Bons,maus,os momentos nos levam a comportamentos inimagináveis.O ser humano não é um ser estável,ele é mutável.Há alguns dias passei por situações perturbadoras em minha vida,pessoas erradas,atitudes erradas,palavras erradas,tudo estava errado.Mas a faxina serve pra isso,pra limpar o que estava sujo,concertar o que estava quebrado e fazer certo,o que um dia fiz de errado.Aprendi que momentos nos fazem mais sábios,mas também nos fazem de tolos,momentos de fraquezas,de solidão,de falta de companhia. Todos esses momentos que passamos muitas vezes nos deixam como verdadeiros idiotas.Mas é nesses momentos que conseguimos ver o que é certo e o que é errado,quem deve continuar em nossas vidas e quem deve descer do ônibus.Aquilo que jamais esperávamos acontece,em um inesperado...momento!
Tudo é momento,estar perto,estar longe,abraçar,soltar,chorar,sorrir,pular,deitar,amar,odiar,tudo isso é momento.Sabe o que aprendi nesse tempo ausente?Que existe uma presença que não é um momento,que existe um ser que não é de momento e uma alegria que não é momentãnea... Deus!
       E é nesse "momento" Pai que te agradeço por todos os "momentos" (controverso não?!),porque sei que se não fosse por ti,nem aqui eu estaria,por tudo,obrigado...Aba,pai,paizinho!
       E a todos,independente do momento que estejam vivendo,aproveite!Se é bom,vá até o fim,arranque o máximo que puder desse momento alegre,se for triste,sinto muito,mas não sou a pessoa certa pra te aconselhar,mas vá até um lugar chamado calvário,lá você encontrará um homem pregado na cruz,mas seja rápido,pq ele esteve lá só por um momento,pq agora,ele vive num lugar chamado...Eternidade!    Thyago Germano

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Empenhe-se em alcançá-la!

Busque a PAZ e empenhe-se em alcançá-la.
Esse é o grande bem.
A grande vitória não é ter razão.
A grande vitória é pacificar.
Jesus não disse: bem aventurados os que provam as suas razões, porque serão
chamados filhos de Deus,

Jesus disse: "Bem aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados
filhos de Deus.
Alguém tem que ceder quando ninguém cede.
O ideal é que todo mundo ceda, mas se ninguém cede,
Ceda!

Caio Fábio (em pregação)

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Crônicas de um coração agradecido





       Deus,obrigado por tudo!Pela alegria,porque por ela eu soube o quanto é bom sorrir,pelas tristezas,porque por elas eu soube que sempre terei que chorar.  Obrigado por meu pai,porque por ele me deu vontade de também ser pai.  Obrigado por minha mãe,porque por ela eu soube ter esperança(ela sabe do que estou falando!).  Obrigado por meus irmãos,porque soube o quanto é bom pedir perdão(eles também sabem do que estou falando!).  Obrigado pela solidão,porque aprendi o quanto é bom de vez em quando estar sozinho.  Obrigado pelas boas companhias,porque por elas aprendi a ter comunhão.  Obrigado também pelas más companhias,pq por elas aprendi a olhar com teus olhos.  Obrigado pelos "romances",tú me deixou mais "calejado",mais experiente. Te agradeço pelo momento que estou vivendo,porque tu é aquele que transforma o mau em bem,rsrsrs,e nesse momento,também te agradeço por ela,(ela ñ sabe do que estou dizendo),porque por ela estou aprendendo a ser mais compreensivo e que nem sempre as pessoas são do jeito que nós queremos,mas que um dia nós seremos do jeito que elas queriam que nós fossemos(tú nos fez moldáveis),obrigado meu Deus por tudo isso!... Ah e não esqueci não,obrigado por tua presença,porque por ela eu soube o quanto é bom viver!!!          Meu irmãozão expondo seus pensamentos acerca da vida (Thyago Germano).

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Ausência de Deus



Hoje acordei com a sensação de ausência do Divino.
A dor no músculo do meu coração reflete nas minhas razões.

Não consigo imaginar Deus hoje na minha vida.
Penso, mas não consigo tocar; falo, mas não consigo dizer; choro apenas lágrimas secas e utópicas .
Estou vivendo nestes dias, a angústia que não me larga, que aperta e dilacera meus pensamentos e arrasta meus sentimentos para o vazio.
Estou como Davi quando era perseguido por Saul; estou como Jó, quando Deus passa ao seu lado e ele diz: Ele esteve aqui e eu não o senti, passou por mim e não percebi.
Deus!!! Deus!!! Quanta dor!!! Que aflição!!! Que desespero!!!
Poucos amigos... Quase nenhum... Quem pode entender a minha mais profunda dor?
Tento respirar, mas não consigo trazer o ar aos pulmões e só vem choro.
 Estou me debatendo, tento escapar, mas algo me laçou, algo me abraçou, algo me abduziu, e não sei o quê.
 O peito da minha alma está eclodindo sobre todas as minhas razões... Meu mal é ter muitas razões...
Meu desejo hoje é que existisse um punhal espiritual e eu pudesse fazer uma incisão de maneira profunda e arrancar tudo que está me matando.
Arrancar a sensação da ausência de Deus; a sensação de não me sentir amado; a sensação de me sentir só nesta caminhada.
Espero ansiosamente a visita do meu Deus num destes dias; eu sei que Ele virá, pois de tempos em tempos Ele vem!
Deus... Estou te esperando... Não demore...
Te amo tanto! Ainda que em muitos momentos, eu não te veja.
Sergio Paschoal no blog: Fagulhas do Divino no humano 

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Deus,tu sempre estás comigo....desculpa pela minha ausência! Parte 2

         Divago sobre Deus e isso não me garante morrer e ir pra perto dele. Publico textos sobre ele no meu blog e isso não garante ter comunhão com ele. Por muitas vezes falo sobre ele com amigos,e quem garante que tenho a presença dele?  Acho que nosso relacionamento com Deus é algo de quem está simplesmente passeando com o amigo( o melhor amigo),acho que é por isso que Jesus disse que nós somos seus amigos,porque não disse irmãos?  Não é mais  próximo? Afinal, irmão é família,é algo mais "em casa",tsc,tsc.
         O que revelo ao meu amigo,não é nada comparado ao que revelamos a irmãos,pais,é algo mais íntimo, o que aconteceu com o "ficar" naquela noite é algo que só pode ser dito ao melhor amigo,loucura mamãe saber o que eu fazia com as meninhas que eu ficava! diz o jovem.
         Por vezes,Jesus é esse amigo que não espera nada de mim,a amizade é unilateral,só existe uma parte que considera o amigo e essa parte sempre é Jesus. Sou sempre quem desvaloriza essa comunhão.  Enquanto caminho e me sinto,as vezes,pressionado por Jesus em fazer a coisa certa,sem deslizes,sem fraude e desonestidades,me sinto,como posso dizer......sufocado!  É isso,sufocado por Jesus!
         Tento me desfazer dessa amizade e não consigo,é ela que me alívia quando estou cansado e me dá coragem pra revelar os meus podres (só revelo pra ele,nunca pra minha esposa,cadê a coragem?)  Quando sinto que estou sendo seguido por ele crio coragem e pergunto: " O que você quer de mim,sempre estás na minha cola"? e ele sempre me responde: " Não quero nada de você,ainda não percebeu? Quero apenas caminhar com você,posso"?  Sempre digo sim pra ele,afinal Deus,Tu sempre estás comigo!    Thyêgo Militão                             

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Deus,tu sempre estás comigo.....desculpa pela minha ausência! Parte 1


Abandono! A pior rejeição que um ser humano pode receber de outro,ou talvez de alguma instituição ou orgão público. Cada dia que passa,se torna mais insuportável depender do sistema único de saúde(sus). Transporte coletivo? Nem fala, horas esperando um ônibus ou trem se transformam em eras, mas, e quando você se sente abandonado(a) por quem lhe jurou amor eterno? Uma confissão de adolescente tempos atrás,te faz acordar todos os dias suspirando,ou talvez,gritando ao mundo inteiro que você encontrou a mulher da sua vida. No nosso relacionamento com Deus,por vezes nos sentimos assim,como um namorado que promete ir na casa da amada,e por fim ele não vai, não aparece. Ela: espera,suspira e exaspera,ele? só Deus sabe onde tá( sem trocadilhos com Deus). Meu relacionamento com Deus é mais ou menos assim, quando estou disperso me sinto tão acalentado,tão protegido e livre de qualquer perigo,agora,quando estou em apuros,parece que ligo pra meu pai lá nas Filipinas e espero horas pra ele chegar em Fortaleza! onde estás Deus que clamo e não te ouço? O que me conforta na questão do "abandono" é que gente que tinha mais "comunhão" com ele,também já gritaram por socorro. "Deus meu,porque me desamparaste?" disse Jesus. " Deus meu,eu clamo de dia e tu não me ouves". disse Davi. " Vai e pergunta a ele se é realmente o Cristo,o que havia de vir"? disse João Batista na prisão,depois de ter testemunhado do Cordeiro que tira o pecado do mundo. Continua...... Thyêgo Militão                        
  

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Eu creio em Jesus se ele não passar dos limites


       Pessoas podem “aceitar” coisas em nome de Deus por razões que não se pode explicar...
Jesus nos mostra como por trás de decisões humanas importantes na maioria das vezes a motivação é perversa...
Por exemplo, em João capitulo oito, Jesus diz coisas subjetivas e difíceis de entender, e, o resultado, é que os judeus que antes indagavam quem Ele era e por que dizia o que dizia, de súbito dizem agora “crer” Nele.
A esses tais Jesus disse que eles deveriam permanecer em Seus palavras a fim de que de fato se tornassem Seus discípulos [nada mais natural e óbvio...]; e acrescentou que se permanecessem em Sua Palavra eles haveriam de conhecer a verdade no intimo, e que a verdade os libertaria...
Quando Jesus usou o verbo “libertar”, eles, os judeus que haviam crido Nele, de repente se eriçaram...
Indagaram...
Nós somos descendentes de Abraão, já sobrevivemos a todos os cativeiros e dominios imperiais sem nos rendermos, e agora nem os romanos nos escravizam a alma, como pode você dizer que seremos libertos, se nunca fomos escravos?
Jesus explicou que falava de escravidão interior, do pecado... No entanto, o condicionamento cultural, político, ideológico, étnico, racial, genético, etc. — eram elementos mais fortes neles do que a tal da nova fé em Jesus.
Reagiram... Zangaram-se... Ficaram brabos...
Jesus replicou... Não deixou passar... Prosseguiu... Provocou...
O assunto do pedigree continuou...
Jesus disse que sabia que eles eram da ancestralidade de Abraão... Mas afirmou que espiritualmente a ancestralidade deles era outra, provinha de outro espírito... De fato era do diabo que eles se faziam filhos, pela mentira, pela incapacidade de se auto-encararem na verdade, e pelo ódio assassino que os habitava até quando falavam de fé...
Eles ficaram com ódio...
Partiram para a ignorância...
Disseram que estavam certos desde o principio, pois diziam que Jesus era samaritano e tinha demônios...
Assim, a “fé” que começa como uma adesão à subjetividade “profunda” do ensino quase esotérico de Jesus no contexto antecedente, de súbito se torna outra coisa..., e termina com a afirmação dos que tinham antes dito que haviam “crido em Jesus” — que... desde sempre haviam sabido que Jesus era de uma casta inferior [samaritano] e que tinha demônios agindo em sua vida...
Jesus, no entanto, nunca esteve animado com aquela “fé” tão “pronta e rápida”, pois, prosseguiu chamando-os para as implicações da confissão de fé, que é a entrega à verdade que nos liberta das doenças do pecado e de suas escravidões...
Do mesmo modo há muitos que são discípulos apenas do Jesus que não entendem, pois, quando Jesus os força a entenderem que ser discípulo não é achar Jesus o máximo, mas sim render-se ao reino da verdade no coração, então, a “fé” vira “ódio” e a “confissão” se torna “blasfêmia”...
É por esta razão que muitos “crentes” ficam com raiva do “evangelho”, ainda que para isso tenham que inventar histórias ou fazer do mensageiro um “samaritano e endemoninhado”...
Este é o nível da entrada do Evangelho como amargor nas entranhas do engano...
Em geral esse é um conflito apenas de crentes...
 
Pense nisso!...
 
Nele,
 
Caio
12 de setembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF

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Quem namora




Quem namora agrada a Deus.
Namorar é uma forma bonita
de viver um amor.
Namorados que se
prezem gostam de
beijos, suspiros,
morderem o
mesmo pastel,
dividir a empada,
beber no mesmo
copo.
Namora quem sonha,
quem teima, quem vive
morrendo de amor e quem
morre vivendo de amar.

Artur da Távola

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A VIDA ENSINA


Se você pensa que sabe; que a vida lhe mostre o quanto não sabe.
Se você é muito simpático mas leva meia hora para concluir seu pensamento; que a vida lhe ensine que explica melhor o seu problema, aquele que começa pelo fim.
Se você faz exames demais; que a vida lhe ensine que doença é como esposa ciumenta: se procurar demais, acaba achando. Se você pensa que os outros é que sempre são isso ou aquilo; que a vida lhe ensine a olhar mais para você mesmo.
Se você pensa que viver é horizontal, unitário, definido, monobloco; que a vida lhe ensine a aceitar o conflito como condição lúdica da existência.Tanto mais lúdica quanto mais complexa.
Tanto mais complexa quanto mais consciente.Tanto mais consciente quanto mais difícil.
Tanto mais difícil quanto mais grandiosa. Se você pensa que disponibilidade com paz não é felicidade; que a vida lhe ensine a aproveitar os raros momentos em que ela (a paz) surge.
Que a vida ensine a cada menino a seguir o cristal que leva dentro, sua bússola existencial não revelada, sua percepção não verbalizável das coisas, sua capacidade de prosseguir com o que lhe é peculiar e próprio, por mais que pareçam úteis e eficazes as coisas que a ele, no fundo, não soam como tais, embora façam aparente sentido e se apresentem tão sedutoras quanto enganosas. Que a vida nos ensine, a todos, a nunca dizer as verdades na hora da raiva.
Que desta aproveitemos apenas a forma direta e lúcida pela qual as verdades se nos revelam por seu intermédio; mas para dizê-las depois. Que a vida ensine que tão ou mais difícil do que ter razão, é saber tê-la. Que aquele garoto que não come, coma.
Que aquele que mata, não mate. Que aquela timidez do pobre passe.
Que a moça esforçada se forme. Que o jovem jovie.
Que o velho velhe. Que a moça moce. Que a luz luza. Que a paz paze.
Que o som soe. Que a mãe manhe. Que o pai paie. Que o sol sole. Que o filho filhe. Que a árvore arvore.
Que o ninho aninhe. Que o mar mare. Que a cor core. Que o abraço abrace. Que o perdão perdoe.
Que tudo vire verbo e verbe. Verde. Como a esperança. Pois, do jeito que o mundo vai, dá vontade de apagar e começar tudo de novo. A vida é substantiva, nós é que somos adjetivos.


(Crônica de Artur da Távola)

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AOS CRENTES NA DÚVIDA SOBRE JESUS...


Fico vendo o comportamento dos cristãos considerados cult, psicologicamente sensíveis...
Quem e como são?...
São necessariamente conflitados, recomendavelmente duvidosos, crentes em estado de permanente descrença; sem discernimento, mas muito críticos; evasivos quanto à eficácia do testemunho da Palavra pura e simples, embora cheio de opiniões negativas em relação a quem pregue sem angustia, conflito ou crise de fé; conhecedores teóricos das discussões da fé e dos dilemas teológicos, ainda que vivendo sem nenhum interesse prático/real no Evangelho que seja para além da informação e da discussão viciada...
Em geral são sempre descrentes de milagres [até nos da Bíblia], embora muito capazes de usá-los como alegorias ou lindas metáforas da vida...
Ou seja: quase sempre existindo como aquele que nem trepa e nem sai de cima; que nem chove e nem molha; que não é, mas não deixa de ser...
Ora, o que vejo é que estes, diferentemente dos falsos profetas e dos lobos, fazem seu próprio mal; posto que sejam mornos, sem intrepidez, sem disposição para além do discurso...
Portanto, sendo educados, parecem ganhar pela polidez de suas dúvidas o direito de existir em crise; sendo cavalheiros e finos, parecem poder caminhar em descrença aceitável; estando sempre em dúvida acerca de algo [...] mesmo assim continuam a discutir sobre o “tema Jesus”...
E, com isso..., se fazem passar por gente que duvida em razão de serem íntegros em relação à própria fé... Posto que sendo articulados, tornam seus conflitos elogiáveis, pois são ditos com benditas palavras psicológicas e filosóficas; e, sendo humanos no expressar seu sentir, ganham o direito de existir em dor, pois, sem dor de crise parece não existir real humanidade; tendo cultura, aparentemente dão aos demais crentes, menos instruídos, a sensação de que eles, os cult, os cultos, os sensíveis, são assim em razão de seu saber, da profundidade do seu sentir, e das angustias decorrentes de sua humanidade superior a dos demais...
Assim, estão e nunca são; dizem, mas jamais provam; pregam, e nunca aproveitam; sabem e não experimentam; poetizam, mas não amam para além das belas palavras; discutem a fé, e nunca a abraçam; falam de Deus, embora sempre em estado de dúvida devota...
Quando pastoreiam é antes de tudo em razão de suas próprias angustias...
Sendo assim [...] desconfiam de quem sendo humano não vive em angustia; de quem sendo pensante [...] não exista em dúvida; de quem crendo [...] busque viver conforme a fé; de quem confessando [...] não tema as implicações; de quem conhecendo a Deus [...] não se iniba quanto a afirmar...
Fico imaginando o que aconteceria, se tais deles, vivendo como discípulos de Jesus nos evangelhos, trouxessem tais devoções eternamente duvidosas a Jesus...
O que Jesus diria?...
Sim, se Ele disse que aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é digno do reino de Deus [...] o que Ele diria a esses discípulos da dúvida?...
Ora, Ele não teve pudores jamais...
Aos Seus discípulos duvidosos Ele jamais disse que duvidar fosse parte de um processo normal de crenças [...], muito menos da fé...
Em Jesus não há elogios a duvida, mas tão somente à fé!
Não! Ele lhes pergunta: “Homens de pouca fé, por que duvidastes?
Ante suas “impossibilidades” decorrentes da descrença..., Ele apenas disse: “Não pudestes expulsar o demônio por causa da pequenez da vossa fé!” E acrescentou: “Mas esta casta não sai senão por meio de jejum e oração”.
Sim, essa casta de crença sem fé, de fé que é apenas crença, e que se distrai discutindo a fé — de fato não sai senão mediante a sua quebra pela oração e pelo jejum.
Esta é a casta presente na maior parte dos pensadores da fé, mas que nunca se deixam pensar pela fé.
Sim, pois quem pensa a fé não é pensado pela fé...
Afinal, tal coisa somente acontece mediante a entrega em razão da confiança que faz a descrença morrer..., e que, ao mesmo tempo, introduz a pessoa no ambiente no qual “Deus não existe”, posto que em tal ambiente de fé não haja lugar para o Deus que existe, mas apenas para o Deus que É.
A descrença é relativa ao Deus que existe...
A fé decorre do Deus que É!
Portanto, brincar de crer sem crer é coisa de menino, e não de homem segundo o que Jesus considere um homem que anda mediante a fé, na alegria de não duvidar.
Leia os evangelhos e veja se Jesus acha legal viver sem as implicações de fazer da existência uma constante afirmação de fé...
Nos evangelhos você não encontrará este lugar..., embora encontre Jesus mostrando compaixão e amor também por esses, mas sem deixar de prosseguir em Seu caminho, vindo o candidato a discípulo após Ele ou não...
Nele, que não elogia a duvida como estado sadio de uma fé em crise permanente,

Caio Fabio

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Afinidade



Afinidade é um dos poucos sentimentos
que resistem ao tempo e ao depois



A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. É o mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial.

Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidade vividas.

Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.

(Artur da Távola)

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Eu não sabia que podia!

Jamais imaginei que na minha condição de ser livre eu podia tanto,pois me diziam que eu só podia escutar música gospel,filmes... nem se quer podia desfrutar de filmes tão belos como alguns do Stanley Kubrick,ou mesmo na fase decaída de Ridley Scott. Todos os filmes tinham que ter um cunho,um tanto quanto "sagrado". Meus livros? iiiiiii... cheguei na parte mais pervertida do meu relacionamento religioso, só podia ser da: "editora gospel"(malafeita) e claro, da editora mais bombástica dos 4 quantos da terra: CPDA ( maiúscula é mais onipotente, sacou?)

Com o passar do tempo fui me libertando,agora já lia um pouco de Phillip Yancey,Brenan Manning, e o hall de heréticos foi aumentando: Dostoievski, Freud,Kiekergard e toda de sorte de seres que os evangélicos abominam(tem alguns que nem conhecem). Ah Jesus! ainda bem que tu disseste que tu é a verdade,pois foi essa verdade que me libertou e o que vivo agora,não vivo por correntes que me atam e sim,por uma verdade que me liberta,dando-me condição de experimentar tudo e ainda que prejudicial, me dá condições essenciais (a liberdade) de selecionar o que me edifica.

Não se engane! só temos liberdade quando estamos em Cristo e quem se priva do que Cristo nos proporcionou,dá margens exatas para que cadeias sejam postas novamente em nós. Thyêgo militão

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Deus e o diabo: 1º Round


Não existe, nunca existiu e nem existirá uma luta épica entre Deus e o diabo. Satanáz sempre soube sua posição de submissão diante de Deus Pai e em nenhum momento enfrenta de frente sua autoridade e poder. Basta vermos o desespero dos demônios ao encontrarem Jesus: "Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?" Mt.8:29.

A equação é simples: só existem trevas onde falta luz; na mínima incidência de iluminação as trevas não permanecem. Portanto o importante não é a quantidade de demônios que achamos que está perto de nós, nos outros, ou em alguns lugares, mas sim a quantidade da graça do Pai que há em nós. Onde há luz... as trevas não permanecem, onde não há, o que acontece?

"Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos." Ef.1:20-23 Por Marcos Siqueira no blog: Filho Imperfeito.

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Ao Deus Desconhecido: A oração de Nietzsche


“Antes de prosseguir o meu caminho e lançar o meu olhar para a frente, uma vez mais elevo, só, as minhas mãos a Ti na direção de quem fujo.

A Ti, das profundezas do meu coração, tenho dedicado altares festivos para que, em cada momento, a Tua voz me pudesse chamar.

Sobre estes altares estão gravadas em fogo estas palavras: “Ao Deus desconhecido.

Teu, sou eu, embora até ao presente me tenha associado aos sacrilégios.

Teu, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo.

Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servir-Te.

Eu quero conhecer-Te, desconhecido.

Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida.

Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero conhecer-Te, quero servir-Te só a Ti.”

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A igreja aceita tudo,menos morrer e servir...


O ideal do Evangelho se faz acompanhar de vida, mensagem e finalidades segundo o Evangelho, e nunca segundo a aflição da “igreja” de não perder espaço e poder...

Na religião o que importa são os fins...
Os meios são relativos...
E qual é o fim?
Levar Jesus às pessoas?
Certamente não, mas sim levar as pessoas para a “igreja”...

Se dissessem à “igreja” que o mundo inteiro creu em Jesus, mas que ninguém quer mais saber de “igreja”, ainda assim a “igreja” não ficaria feliz, posto sua preocupação de fato não seja com Jesus, com o Evangelho e com o povo, mas apenas com ela mesma...

O fim/finalidade da "igreja" é manter-se existente, não viva...

Por isto a “igreja” aceita tudo, menos morrer e servir...

Na realidade tudo tem apenas a ver com estratégia e espaço, ainda que haja pessoas bem intencionadas no processo...

Para que Jesus tenha algo a dizer à “igreja”, ela antes precisa levantar-se e dizer:
“Mestre! Decido dar metade dos meus bens aos pobres; e se nalguma coisa defraudei alguém, restituo quatro vezes mais!”...

Então Jesus dirá à “igreja”:
“Hoje entrou salvação nesta casa!”

Antes disso Jesus nada tem a dizer àquilo que se auto-intitula Igreja sendo apenas “igreja”...

Se a “igreja” quer salvação precisa crer no Evangelho...

Do contrário, já se perdeu com o mundo. Caio Fábio

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O prazer imerecido de errar!

Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia
e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho!
Chega na hora certa, fala as coisas certas,
faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor...
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
que é pra na hora que vocês se encontrarem
a entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.
Essa pessoa vai tirar seu sono.
Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão.
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você.
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo,
porque a vida não é certa.
Nada aqui é certo!
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,
querendo,conseguindo...
E só assim, é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra
gente...

Luis Fernando Veríssimo

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É preciso duvidar!



"Se você está tranquilo... é porque está mal informado" (frase escrita num muro em São Paulo)

O professor Alfonso López Quintás escreveu que "hoje, nem tudo está perdido, mas tudo está ameaçado". A suspeita domina. É difícil sentir-se completamente confortável na igreja de hoje. A "criatividade" duvidosa (por vezes, dolorosa) produz do ridículo ao bizarro em mísera meia hora de "culto".

Assumo: tô duvidando de tudo! Surge mais um apóstolo: duvido! Inventam mais uma "unção poderosa da sagrada fé": duvido! Acontece mais uma "micareta evangélica": duvido! Ocorre mais um surto de "milagromania": duvido! Outro "profeta" solta a "verborréia" (como diz o professor Gabriel Perissé), e eu duvido! Minha veia bereana fica alucinada toda vez que essas "coisas" ocorrem.

A salvação está na dúvida! Está na coragem de denunciar o óbvio. Na liberdade para ser do contra. Na alegria em não ser parte da mesma engrenagem tendenciosa do evangelicalismo de mercado da atualidade. Essa feira teológica é deprimente.

Por favor, chega daquelas fugas do tipo: "só devemos orar"; "não toque nos ungidos..."; "cada um tem um ministério..." Essas fugas são apenas as muletas que alguns usam para iludir as próprias pernas. Em nome do "ministério" surge cada palhaçada... Em nome dessa tal "unção", os púlpitos estão lotados de vigaristas da religiosidade. Em nome da "oração", a gente deixa a coisa correr... só Deus sabe para onde.

Um amigo meu, dos tempos de seminário, escreveu em sua página do Orkut: "Não me envergonho do evangelho, mas morro de vergonha dos evangélicos!" Por mais doloroso que seja, preciso concordar com ele. Duvido porque sei que o que vejo hoje não é digno do meu esforço de fé.

Duvide! Não leve pra casa esse marmitex religioso apodrecido. Isso é o pecado da gula! Comer só por comer e beber só por beber, é matar de fome e sede nosso ser!

Aliás, fique à vontade pra duvidar desse texto também!

Até mais...

Profº. Alan Brizotti
Fonte: [ Blog do autor ]

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Não tenho nenhuma pretenção,mas se ele quiser...


Não se espantem! Mas se eu disser pra vocês que eu não tenho nenhuma pretensão de ir pro "Céu"? Acreditam,como pode alguém se intitular cristão e não almejar tão grande "favorecimento"? Sim eu sei que Jesus nos prometeu que "onde eu estiver,estarei vós também",acontece que a minha única e verdadeira vontade é a de conviver com Cristo em vida,podendo honrá-lo com esse dom não tão expansivo a todos. Certeza de ir pra algum lugar? na verdade nem sei se os crentes vão pra algum lugar! Mas vivo em terra com o simplismo de que não sou merecedor desse privilégio e de que esse céu pode ainda ser vivido da melhor maneira aqui na terra. Oxe,se não é essa vida a ante-sala do gozo eterno?! aqui é simplesmente o rascunho da vida bem vivida que Cristo nos irá proporcionar. Não me conformo com aqueles que batem no peito tendo em vista o passaporte já comprado pra Nova Jerusalém(detalhe,é sempre eles que compram,nunca é dado por Cristo,já perceberam a infâmia?)Como Criança que fui e sempre continuarei a ser,era apaixonado por notas baixas( era quase um orgasmo quando tirava 7,0 ou 8,0) sabia que quando chegasse em casa era aquela surra; ir pros treinos de futsal.... Imagina, jogar video game....suicídio voluntário. Eu pergunto pra môçada nota 10 em zero para com Deus, que na verdade somos todos nós que desfrutamos desse amor, E aí,ainda vai bater no peito dizendo que teu stand tá garantido junto do Pai? Vivo com a certeza de que não mereço ir,afinal de contas estou Apenas Caminhando,mas se ele quiser....... Thyêgo Militão

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Por Eleição?


Escolhas! que dizer delas quando são feitas erradas? ou quando acertamos? louvo a Deus pelo prazer imerecido da escolha,nenhum códice ou lei poderia me proporcionar o prazer que as minhas escolhas me favorecem. Ainda que eu erre,minhas decisões me colocam no patamar daqueles que se deliciam com esse "souvenir". E quando nascemos sem esse deleite? Afinal de contas,nascemos em uma sociedade na qual temos que provar aquilo que não somos,ao invés daquilo que queremos ser! É o filho que nasce e o pai ou a mãe manipula suas escolhas,dizem premeditadamente qual será a sua "religião",que caminho ele(a) irá seguir.Conheci bêbes que já eram pentecostais e fetos que já eram pastores(segundo os pais diziam). E se eles não quiserem isso? e se gostarem do Cardek? e se os templos suntuosos do Moroni fizer bem pra eles? caminho errado? não leva para o céu? não é de"Deus"?. Ninguém me colocou por juiz pra dar o decreto! eu só quero que a cada dia as pessoas aprendam que todo ser humano tem esse direito mesmo que esse caminho o leve a quebrar a cara. O Filho só se tornou pródigo por que o pai lhe deu o direito de escolher abandonar a casa.Que bom e que Deus-Pai!Esse amor é tão livre que me dá o gozo de abandoná-lo e voltar,mesmo não sendo esse amor o motivo do meu retorno! ..... "Quantos trabalhadores do meu pai tem em abundância e eu padeço aqui de fome".... Lucas 15 Thyêgo militão

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Testemunho


Era uma pessoa simples!

E sabia onde andar.

A gente jamais o via com os que vivem da dúvida,

Nem com os que, a partir de si, tornam a tudo ridículo;

Ou com os que, absurdo, se acham o centro!

Ele era uma árvore frondosa e sempre regada.

E lidava bem com as estações!

Sabia que conseguiria, era dar, ao tempo, tempo .

Andava como alguém que sempre sabia onde ir.

Amava a Vida, mais que tudo.

Dizia que o amor é a lei da Vida, e é um aprendizado.

E vivia de amar cada vez mais a Vida, e tudo o que ela inclui!

A alegria era a sua companheira constante,

E contagiava a todos com aquele amor.

E convencia a gente de que aquele era o caminho.

E exalava a segurança da paz...

E era um ser humano feliz!

Ari

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Poema Para Papai



Pensei que fosse fácil fazer-te um poema, papai.
Mas vejo que tua vida é um poema difícil, que a gente não pode escrever.
Vejo os calos das mãos que contam histórias de enxadas, caminhando pelos campos; e histórias de chinelos, falando uma linguagem, que os filhos não entendem.
Vejo os calos dos joelhos, que contam histórias humildes de horas silenciosas, conversadas com Deus.
Vejo as rugas da fronte que falam das rugas da alma como sulcos da terra que as chuvas abriram.
Vejo os pés cansados, rasgados por espinhos, que a gente não vê.
Vejo o calor brilhante do coração que sempre nos ama, quando ainda não sabíamos amar.
Eu me lembro de um pai, que dorme de olhos abertos pensando no filho, que não abre os olhos.

Lembro-me de um pai,
Que varre o lixo das ruas,
Pensando no lixo das casas,
Que não pode varrer.

Lembro-me de um pai,
Que bebe suas mágoas na garrafa,
Pensando matar as mágoas da vida.

Lembro-me de papai:
É difícil fazer um poema para ti,
Que vives o poema mais lindo.

Afonso Ritter


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Vida rara


Meu rosto, marcado com sulcos, mostra a erosão dos vendavais que varreram antigos e inconsequentes sonhos. Calos, que outrora protegeram as minhas mãos, agora doem. Estradas íngremes, que nunca evitei, racharam os meus calcanhares.

Meu olhar se aquieta. Desisti das euforias pueris. Despedi censores internos; eles tonsuravam minha pouca criatividade. Lentamente procurei tangenciar mundos que jamais cogitara explorar. Aprendi a soletrar novos alfabetos, a solfejar novas músicas, a recitar novos sonetos. Espero. Meu coração desacelerou.

Minha prece mudou. Já não procuro atalhos. Não imploro por salvamentos, não prenuncio livramentos, não ambiciono privilégios. A miséria desmedida que mata milhões de crianças me deixa insone. Fico com enxaqueca ao pensar na infância roubada, agredida e mutilada dos africanos, latino-americanos, palestinos e asiáticos. Por que, meu Deus, vivem como porcos?

Meu futuro encurta e o passado, alonga. Converto pressa em urgência. As afobações impetuosas cederam para as urgências planejadas. Otimizo o tempo. Encareço o instante. Vou passar, por isso canto com o Lenine: “Enquanto o tempo/Acelera e pede pressa/Eu me recuso faço hora/Vou na valsa/A vida é tão rara...”. Ricardo Gondim

Soli Deo Gloria

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Saber Viver



Ricardo Gondim

Envelheço. Aos poucos vou me tornando antigo. Os cabelos alvejam, a pele afina, o olhar acalma. Sou noviço, mas quero ser o melhor aprendiz de uma nova fase de vida; fase em que as despedidas são numerosas e os encontros espaçam. Quando as saudades ganham força e as nostalgias, frequência.

Aprendo a encarar limites. Não me atrevo a algumas peripécias: subir em prancha de skate, brigar no trânsito, viajar pedindo carona, tomar banho de praia sem bloqueador solar, querer ser político.

Aprendo a ter calma. Conto os anos e percebo que na grande crise ambiental de 2060, não estarei por aqui. Mas não me afobo. Domei os ímpetos, reavaliei as empreitadas juvenis, agora vou sem pressa. Obrigo o relógio da alma a caminhar com lentidão. Destrincho os compromissos, sacudo as agendas e sacralizo o ócio. Presenteio-me com a irresponsabilidade. Consciente, procrastino.

Aprendo a ser sensível. No passado, engolia o choro, disfarçava a tristeza, fugia da melancolia. Fiz as pazes com as lágrimas. Falo sozinho. Aconselho-me com os botões. Esmurro o volante do automóvel, fecho as janelas e xingo. Soluço prantos sem lágrimas. Aprecio a liberdade de vertebrar angústias. Ajoelho-me aos pés da cama e silencio o sofrimento.

Aprendo a calar. Não retruco. Desprezo o direito de ter razão. Atrai-me brincar com argumentos. Só penso em poetizar lógicas. Desejo realçar a beleza. Apaixonado pela delicadeza do violino, apiedo-me de quem imagina conhecer toda a verdade. Música suave, na penumbra de uma sexta-feira chuvosa, me encanta – mais que palestra sobre como alcançar sucesso.

Aprendo a sorver o pólen da vida; a mergulhar em cavernas rochosas onde me escondia de mim mesmo; a acordar vagaroso para não espantar os sonhos que povoaram o sono, e me presentearam com viagens por mundos impossíveis.

Envelheço e não acho tão ruim; por enquanto, pelo menos.

Soli Deo Gloria

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Arthur Pink e o Todo Poderoso


O Deus deste século vinte não se assemelha mais ao Soberano Supremo das Escrituras Sagradas do que a bruxuleante e fosca chama de uma vela se assemelha à glória do sol do meio-dia. O Deus de que se fala atualmente no púlpito comum, comentado na escola dominical em geral, mencionado na maior parte da literatura religiosa da atualidade e pregado em muitas das conferências bíblicas, assim chamadas, é uma ficção engendrada pelo homem, uma invenção do sentimentalismo piegas. Os idólatras do lado de fora da cristandade fazem "deuses" de madeira e de pedra, enquanto que os milhões de idólatras que existem dentro da cristandade fabricam um Deus extraído de suas mentes carnais. Na realidade, não passam de ateus, pois não existe alternativa possível senão a de um Deus absolutamente supremo, ou nenhum deus. Um Deus cuja vontade é impedida, cujos desígnios são frustrados, cujo propósito é derrotado, nada tem que se lhe permita chamar Deidade, e, longe de ser digno objeto de culto, só merece desprezo”.

***
Saiba mais sobre Arthur Pink clicando aqui

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Desabafo de um bom marido



texto de Luís Fernando Veríssimo.

Minha esposa e eu sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras.
Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer pão elétrica.
Então ela disse: 'Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar'.
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Eu me casei com a 'Sra. Certa'. Só não sabia que o primeiro nome dela era 'Sempre'.
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: 'O que tem na TV?' E eu disse 'Poeira'.
No começo Deus criou o mundo e descansou.
Então, Ele criou o homem e descansou.
Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus,nem o homem, nem o Mundo tiveram mais descanso.
Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo.
Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes, o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais
importante para mim.
Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer.
Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com
uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa.
Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dentes e lhe entreguei.
'- Quando você terminar de cortar a grama,' eu disse, 'você pode também varrer a calçada.'
Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida'.

'O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido...'

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Pra não dizer que não falei das flores


Dias Atrás eu publiquei um texto de minha autoria que tinha como tema:"Falo o que penso e não dispenso". não retiro o que digo,só acrescento algumas coisas que,devido alguns e-mails e ligações,sinto-me na obrigação explicar com algumas minuncias:

1. Sou do tipo do cara autêntico,se não gosto,não gosto e estamos conversados.isso não significa que não abro mão e não seja solicito em algum programa(assistir filmes que não gosto,se bem que quando assisto filme com a minha esposa sou eu que sempre escolho),ir pra algum local que não é do meu agrado. Essa coisas,tento abrir mão de vez em quando por amor,tendo a certeza que não traiu minha consciência,e sim que exerço meu coração em simpatia e amor.

2.Tendo sempre cuidado nas verdades faladas. Não sou o cara "Peçonhento",e o tipo da pessoa que bate no peito e conclama:"eu nasci assim,eu sou assim Gabrielaaa".Verdades podem ser ditas com o mínimo de singeleza,sendo essa verdade,parte fundamental de um diálogo que seja revertido em gratidão.

3. Por filhos que nós nos conclamos,temos o direito de sermos agrádaveis uns com os outros.ninguém tem o direito de gostar de você? isso é verdade,mas nem por isso eu tenho direito de ser a pulga atrás da orelha dos outros.Afinal de contas,como é que eu quero que as pessoas me determinem: O cara que trás consigo o bom cheiro de Cristo revertido em atitudes? ou o "Crentão" que trás consigo as "marcas de Cristo" por ser um pé no saco?

Penso um pouco e vejo que posso ser sincero comigo mesmo,sem nunca me tornar desagrádavel pra quem quer que seja. A não ser que você seja radical com as minhas opiniões e mesmo assim,podemos dividir o mesmo lugar desse arco íris de 7 cores,sendo todas diferentes e todas interligadas com as outras. Em Amor, quem está apenas caminhando.... Thyêgo Militão

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Que Saudade daquela Igreja


“Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.” At 2. 43-47

Na época do surgimento da Igreja do Novo Testamento, a palavra igreja significava, apenas, uma reunião qualquer de um grupo organizado ou não. Assim, o texto nos revela que havia um grupo organizado em torno de sua fé (Todos os que criam estavam unidos) – todos acreditavam em Cristo.

Segundo o texto, os participantes do grupo do Cristo não tinham propriedade pessoal, tudo era de todos (tinham tudo em comum)– os membros desse grupo vendiam suas propriedades e bens e repartiam por todos – e isso era administrado a partir da necessidade de cada um; e se reuniam todos os dias no templo; e pensavam todos do mesmo jeito, primando pelo mesmo padrão de vida (unânimes); e comiam juntos todos os dias, repartidos em casas, que, agora, eram de todos, uma vez que não havia mais propriedade particular; e eram alegres e de coração simples; e viviam a louvar a Deus; e todo o povo gostava deles, e o grupo crescia diariamente. Diariamente, portanto, havia gente acreditando em Cristo, se unindo ao grupo, abrindo mão de suas propriedades e bens e colocando tudo a disposição de todos.

Essa Igreja era a Comunhão dos santos – chamados e trazidos para fora do império das trevas, para servirem ao Criador, no Reino da Luz.

Essa Igreja não precisava orar por necessidades materiais e sociais, bastava contar para os irmãos, que a comunidade resolvia a necessidade deles.

Deus havia respondido, a priori, todas as orações por necessidades materiais e sociais, fazendo surgir uma comunidade solidária.

O pedido: “O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje. (MT 6.9) ” estava respondido, e diariamente.

Então, para haver o “pão nosso” não pode haver o pão, o bem ou a propriedade minha, todos os bens e propriedades têm de ser de todos.

Mais tarde, eles elegeram um grupo de pessoas, chamadas de diáconos – garçons, para cuidar disso (At 6.3). Então, diante de qualquer necessidade, bastava procurar os garçons, que a comunidade cuidava de tudo. Era o princípio do direito: se alguém tinha uma necessidade, a comunidade tinha um dever.

Essa Igreja não existe mais!

Ariovaldo Ramos

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Limites

Por Mônica Monastério (Madrid-Espanha).


Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos, os erros de nossos progenitores e com o esforço de abolirmos os abusos do passado somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado,os mais bobos e inseguros que já houve na história.

O grave é que estamos lidando com crianças mais “espertas” do que nós, ousadas, e mais “poderosas” que nunca!

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ser, passamos de um extremo ao outro.

Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.

E os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.

E,o que é pior os últimos que respeitamos nossos pais e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito.

À medida que o permissível substituiu o autoritarismo,os termos das relações familiares mudou de forma radical para o bem e para o mal.

Com efeito, antes se considerava um bom pai, aquele cujos filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens, e os tratavam com o devido respeito.

E bons filhos, as crianças que eram formais, e veneravam seus pais, mas à medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco o respeitem.

E são os filhos, quem agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver.

E que além disso, que patrocinem no que necessitarem para tal fim.

Quer dizer ;os papéis se inverteram.
Agora são os pais que têm que agradar a seus filhos para “ganhá-los” e não o inverso como no passado.

Isto explica o esforço que fazem tantos pais e mães para serem os melhores amigos e “darem tudo”a seus filhos.

Dizem que os extremos se atraem.
Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo aos nos verem tão débeis e perdidos como eles.

Os filhos precisam perceber que durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los, enquanto não sabem para onde vão.

É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.

Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.

Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente e não atrás, carregando-os e rendidos às suas vontades.

Os limites abrigam o indivíduo.
Com amor ilimitado e profundo respeito.

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Acarajé Consagrado

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No Caminho de Emaús


Aos amantes não amados, não um conselho, mas um intento amoroso. Abandonar as roupas usadas e ousar novos caminhos. É um desperdício deixar o burburinho interminável da teimosia roubar a preciosidade da solidão e do silêncio. Não há por que ter medo. É bom ficar a sós e reconstruir com pedras e enfeitar com flores os sobrados que se desmancharam por aí. Talvez não fique igual. Talvez seja melhor que nasça diferente. As comparações podem ser corrosivas do metal nobre da escultura em modelagem ainda frágil. Não há pessoas iguais nem sentimentos iguais. Há novas tentativas, novas formas de descobrir e dar significado a um rosto que era só multidão. Obrigado, irmão, por partilhar seu tempo com minhas divagações. Com você, a travessia fica mais bonita.

Gabriel Chalita, em Cartas entre amigos: sobre medos contemporâneos (livro em parceria com Fábio de Melo, publicado pela Ediouro)

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Falo o que penso e não dispenso!


Tem coisa pior do que você ser convidado pra almoçar na casa de alguém,e o que te servem não faz parte da sua rotina gastronômica?
Pois é, não dá pra suportar ter que comer,fazer,assistir ou até mesmo,porque não dizer "Amar" a quem você não escolheu pra si!
Não suporto ter que concordar com algumas ex-gestantes que agora estão de resguardo andando por aí com seu "puppet" dentro de um carrinho,te para no meio da rua e diz:"-olha meu Bebê,não é lindo?".puxa vida,tem gente que não simula uma resposta antes de fazer uma pergunta pra evitar o constrangimento!
E se eu não o achar fofinho,e se o Bebê for a cara do Babyssauro? eu não sou obrigado a suportar mensagens evangélicas onde o "Pregador" é formado em divindades,foi até o terceiro céu,arrebatado por 3 dias.e cantores evangélicos que chegam nas igrejas vendendo o seu "material"pra ajudar na obra de Deus(que obra e que Deus)? já causei algumas confusões no meio em que convivi,tendo que na escola dominical concordar com o "mestre" que estava lecionando.-"Na passagem da mulher do fluxo de sangue,você concorda que Jesus sabia quem o havia tocado"? aí vem eu com minhas respostas:"Não,o texto diz que jesus procurou na multidão quem o havia tocado". o que eu posso fazer? não sou obrigado a andar nos ditames dessa massa, e enquanto eu andar na contra mão desses insensatos,e essa contra mão desaguar em Deus,vou muito bem obrigado! Thyêgo Militão

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Loadeando


Alguns dias atrás,tive a oportunidade de encontrar uma velha amiga da igreja que eu frequentava(sai da zona).eu estava com minha esposa,e juntos começamos a bater um papo,sem se importar com o tapete em que desfilava o nosso buzão na "Fortaleza Bela". Papo vai,papo vem,eis a pergunta que não quer calar:-"que igreja você tá frequentando?" ao que eu respondi:-"nenhuma",sem me importar com os cotovelões da minha esposa,com medo da moçada do bairro desconfiar que nós estávamos "desviados".entrei na dela,-"e você,porque saiu de lá?".me referindo a igreja que frequentávamos.-"O Pastor de lá é muito rígido" disse ela. -"É? -"E você tá aonde agora?"Perguntei assustado.-"Tô me congregando na sede"(da mesma denominação) "Lá é ótimo,as coisas não são muito rígidas, a mocidade me recebeu muito bem,o Pastor guiado por Deus etc,etc. Daí eu perguntei,como ela tava nos evangelismos, pois ela fazia parte da equipe de "Cruzadas" da Igreja(coitado do Saladino).-" eu tô indo,só não fui esse mês porque lá é muito frio e o pastor não deixa nós andarmos de calça Jeans!" Coitada,não entendeu nada do Evangelho.Afinal,quem liga pra Graça,pro evangelho de amor,quem tá interessado em conferir nas escrituras o que é verdade e mentira? pensando bem:"quem tá interessado no papo de Jesus"? Thyêgo Militão

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Arthur da Távola:Pedindo a Deus pra ser mais Fácil


Meu Deus: quero lhe fazer uma crítica, talvez até por eu não ser capaz de alcançar os seus desígnios: você podia ser mais fácil! O mistério da sua existência deveria prescindir da teologia, da fé ou da graça e fluir claro, natural e nítido como as coisas da natureza. Você deveria ser manifesto; apreensível sem apreensão. Verdade e não necessidade.Aprendo na teologia que é preciso ter não a teoria de Deus nem a práxis de Deus, mas a experiência de Deus. Ex quer dizer para fora, na direção de, Peri significa em torno, em volta de, o mesmo radical de perímetro, périplo, etc., Encia é conhecimento, saber, o mesmo radical de ci-ência.A experiência de Deus é, portanto, algo que o vive em várias e muitas de suas infinitas dimensões e de seus incontáveis lados. Não é a teoria de Deus. Não é a prática de Deus (o mundo construído, em construção e a construir). Não é a reapresentação de Deus, em torno da qual, durante tantos séculos, girou, equivocadamente, a teologia. É a experiência de Deus.A ex-peri-ência de Deus, ensina-me o grande teólogo Leonardo Boff, é a vivência ampla e multiforme de Deus, tanto no plano imanente à nossa condição de homens como no plano transcendente. Ele me ensina o conceito de trans-parência. Como é impossível aprisionar Deus, ou explicá-lo por nossa limitada razão, só através da transparência, ou seja, algo que torna diáfana a realidade de Deus manifestada nas coisas e seres do mundo. Ele se manifestaria através. A transparência nos permitiria experimentá-lo através das coisas do Universo, que o proclamam. Assim me ensinou o sábio teólogo num livrinho precioso: A Atualidade da Experiência de Deus.Eu sei, meu Deus, que precisamos sabê-lo mais do que conhecê-lo. Eu sei que é necessário viver fundamente a experiência da sua Ex-istência e In-sistência em nós e na vida. Eu sei, também, como Bérgson, que se você não dotou a nossa razão da capacidade de conhecê-lo ou defini-lo e se você fez o nosso coração vacilante, ora aceitando-o, ora negando-o, você nos permitiu a percepção da sua existência através da intuição, fagulha de conhecimento que pode alcançar, mesmo sem definir, a pré-existência de uma realidade maior, a força geradora do universo, do cosmos, e do espaço sem fim.Tudo isso eu sei!Do zero do meu conhecimento, da pequenez da minha condição de areiazinha cósmica, fico daqui a apreciar a grandeza da sua condição. Eu sei que por vezes fui tocado por sua luz, mas, tão logo me dava conta do milagre da sua iluminação, você desaparecia, de novo você se escondia escapando célere de minha mente, coração e nervos talvez porque aquela fagulha da verdade tivesse que ser compartida com outros que estavam no mesmo desespero da sua procura, no idêntico cansaço da sua busca.É por isso que eu lhe digo, meus Deus, blasfemo talvez (quanto já mataram em seu nome!) que há horas em que me canso de o procurar. Canso-me de esperar a sua resposta. Irrito-me ao perceber que você mergulhou o mundo no mistério e de que jamais será dado ao ser humano conhecer o todo, o destino do mundo e do universo ou conceber tudo o que está (se é que há algo) fora da finitude descomunal de seu pobre e tolo conhecimento. Palavras como ‘nunca’, ‘sempre’, ‘jamais’, nestas horas doem muito, implodem angústia metafísica. Por quê? Será mesmo que este é um planeta de provação? Aqui estamos só para seguir um inevitável ciclo biológico evolutivo de aprendizagem? Haverá então, uma espécie de Estado-Maior do universo que traça planos fora do nosso alcance? Mas por que, então, nos foi dada uma inteligência capaz de se dar conta da existência daquilo que ela não pode saber? Por que nos foi dado sofrer tal limitação, tal humilhação cósmica?Por que, diga, meu Deus, é necessário sofrer tanto a dor de procurá-lo?Por que é assim dilacerante a idéia de infinito, de morte e de desaparecimento total, após termos sido dotados de tanta sensibilidade para sentir a vida, e intuir o acima de nós, mas dele não saber, apenas perguntar? Por que?Por que uma vida inteira de indagações e perguntas, quando mais fácil seria aceitá-lo magicamente, ou acalmar-me diante de uma crença sem contraditas? Mas, se só as crianças e os puros de coração o alcançam, porque, então, você nos dotou de uma razão inquieta, abelhuda, perguntadora, afirmadora e negadora de tudo quanto vê e descobre?Por que, meu Deus, o que chamam de sua evidência é tão raro e difícil? Por que se torna você passível de explicação e descoberta? Por que não é óbvio? Por que precisamos de você?Por que, sem você, a vida é (pelo menos) um absurdo cósmico?Por que, diante do seu mistério, diante da vida, diante do cosmos, diante do universo, diante do infinito, temos que permanecer eternas crianças metafisicamente chatas na idade do porquê?Se você me é possível, mas difícil, perdão, a culpa é sua. O onipotente é você e não eu. E, se é pra tudo ficar em mistério, por que dotar-nos da possibilidade de o defrontarmos, de o intuirmos como mistério e nada mais?Ah, meu Deus, há horas em que me canso de tê-lo como esperança, há horas em que desesperadamente eu precisava tê-lo como certeza! Já estou grande demais para ser tratado como criança que não pode entrar em conversa de adulto! Já estou grande demais para ficar chorando por dentro e a dor do cansaço de procurá-lo e este pavor do desconhecido que se mistura à mais deslumbrante das sensações, a do novo que está em você, a do além e adiante que são você, a da surpresa que é você, a do encontro afinal liberador com a paz da sua transparência e com a luz de sua transcendência.Dê-me, pelo menos, força e energia para procurá-lo. E esperança para disfarçar o medo de nunca o encontrar, na certeza de que você está exatamente onde se esconde. De que você se manifesta através da nossa necessidade. De que você está além do conhecimento, lá onde mora, além de nós,a verdade.

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